A temporalização do poder: o rei, os santos e as rendas senhoriais no Portugal Medieval (1248-1279)

Contenido principal del artículo

Thiago Magela

Resumen

Este artigo aborda o problema do tempo senhorial nos aforamentos realizados pela realeza portuguesa na segunda metade do século XIII. A análise dos documentos procura demonstrar que o “tempo natural” que foi submetido ao “santoral” pela Igreja convergiu no processo de afirmação da realeza na medida em que conectou simbolicamente o rei, os santos ao momento de pagamento das rendas, processo este que aqui chamamos de “temporalização do poder”.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Magela, T. (2021). A temporalização do poder: o rei, os santos e as rendas senhoriais no Portugal Medieval (1248-1279). Sociedades Precapitalistas, 11, e058. https://doi.org/10.24215/22505121e058
Sección
Dossier: Los Campesinos en la Historia

Citas

Baschet, J. (2009). A civilização Feudal: Do ano mil í colonização da América. São Paulo: Editora Globo.

Baschet, J. (2018). Défaire la Tyrannie du présent: temporalités émergentes et futurs inédits. Paris: La Découverte.

Bastos, M.J. (2013). Assim na Terra como no céu...: Paganismo e Cristianismo na Alta Idade Média Ibérica (Séculos IV-VIII). São Paulo: Edusp.

Cardoso, C. (2005). Um Historiador fala de teoria e metodologia: ensaios. Bauru. Edusc.

Carrasco Manchado, A. I.(dir). (2017). El historiador frente a las palavras, linguaje, poder y polí­tica en la sociedade medieval: nuevas herramientas y propuestas. Lugo: Axac.

Coira Pociña, J. (2013). Ver, Concebir y Expresar el Paso del Tiempo. El Calendario Medieval y el Refranero. In: Medievalismo, 23. p. 117-155.

Einstein, A. (1970). Prólogo. In: JAMMER, Max. Conceptos de espacio. México : Grijalbo.

Fossier, R. (1995). L’Occident Médiéval: V-XIII siècle. Paris : Hachette Livres.

Freitas, J. (2012). O Estado em Portugal: séculos XII-XVI. Alêtheia Editores.

Garcia de Cortazar, J.A. (1996). História Rural Medieval. Lisboa: Editorial Estampa.

Gonçalves, I. (2012). Por Terras de Entre-Douro-e-Minho com as Inquirições de Afonso III. Porto: CITCEM.

Guerreau-Jalabert, A. (2000). Caritas y don en la Sociedad Medieval. In: Hispania, Vol.60. n ° 204.

Gumbrecht, H.U. (2014). Depois de 1945 : Latência como origem do presente. São Paulo: Editora Unesp.

Gurevich, A. (1990). Las categorias de la cultura medieval. Madrid: Taurus Humanidades.

Hartog, F. (2013). Regimes de historicidade: Presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica.

Hawking, S. (1994). Uma breve História do Tempo. Lisboa: Gradiva.

Henriques, A. C. (2019). O “ano económico” de 1384-1385. In: Tavares, R.(dir). Portugal, uma retrospectiva: 1385. Lisboa: Público/Edições Tinta da China.

Hespanha, A. M. (2019). Uma monarquia tradicional. Imagens e mecanismos da polí­tica no Portugal seiscentista. Lisboa.

Homem, A. L. C. (2011). Central Power: Institutional and Polical History in the Thirteenth-Fifteenth Centuries. In: Rosa, M.L.; Sousa, B.V.; Branco, M.J (ed.). The Historiography of Medieval Portugal c.1950-2010. Lisboa: IEM.

Koselleck, R. (2015). Futuro Passado: Contribuição í semí¢ntica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio.

Le Goff, J. (1979). Na Idade Média : Tempo da igreja e tempo do mercador. In: Le Goff, J. Para um novo conceito de Idade Média: Tempo, Trabalho e Cultura no Ocidente. Lisboa: Editorial Estampa.

Le Goff, J. (2016). Realmente es necesario cortar la historia em rebanadas?. Ciudad de México. Fondo de Cultura Económica.

Le Goff, J.; Lefort, J; Mane, P.(dir.). (2002). Calendrier et culture. Les Calendriers : Leurs enjeux dans l’espace et dans le temps. Paris : Somogy Éditions D’art.

Mane, P. (2002). Calendrier et nature. In: Le Goff, J.; Lefort, J; Mane, P.(dir.). Les Calendriers : Leurs enjeux dans l’espace et dans le temps. Paris : Somogy Éditions D’art.

Marreiros, M.R.F. (1996). Os proventos de terra e do mar . In: Coelho, M.H.C; Homem, A.L.C. (coord). Nova História de Portugal. Lisboa: Editorial Presença. Vol III.

Martí­nez Sopena, P; Rodrí­guez, A. (2011). La Construcción medieval de la memoria regia. València: PUV.

Mattoso, J. (1997). História de Portugal. Lisboa: Editorial Presença.

Mattoso, J. (2015). Identificação de um Paí­s, Oposição, Composição: Ensaio sobre as origens de Portugal (1096-1325). Lisboa: Temas e Debates/Cí­rculo de Leitores.

Monsalvo Antón, J.M. (2019). La construcción del poder real en la Monarquí­a castellana (siglos XI-XV). Madrid: Marcial Pons.

Morsel, J. (2014). “communautés d’installés”: Pour une histoire de l’appartenance médiévale au village ou í la ville. In: EspacesTemps.net.

Pingué, D. (2007). La réception du calendrier républicain dans les campagnes du Haut-Doubs. Quels enseignements ?. In : Annales historiques de la Révolution française, 349, (p.79-86).

Rao, R. (2015). I Paessaggi dell’Italia medievale. Roma: Carocci Editore.

Ruiz-Domènec, J.E. (2017). La memoria de los feudales. Barcelona: Pensódormo.

Rüsen, J. (2015). Teoria da História : uma teoria da História como ciência. Curitiba: Editora UFPR.

Rust, L. (2008). Jacques Le Goff e as representações do tempo na Idade Média. In: Revista Fênix, Vol 5, ano V, n ° 2.

Thomas, J. (1997). Les temps du marché, le temps de Dieu : Le calendrier républicain en Haute-Garonne, de l’na VI í L’ na XI. In : Annales du Midi, 109-217.( p. 93-103).

Toubert, P. (1997). Dalla terra ai castelli : Paesaggio, agricoltura e poteri nell’Italia medievale. Turim: Einaudi.

Veloso, M.T.N. (1996). As primeiras medidas na Senda do Centralismo. In: Coelho, M.H.C; Homem, A.L.C. (coord). Nova História de Portugal. Lisboa: Editorial Presença.Vol III.

Ventura, L. (2009). Afonso III. Rio do Mouro: Temas & Debates.